Amar
completamente
Dia
11
Evereste
Escalando os obstáculos para chegar à
unidade
Precisamos orar com os olhos em Deus, não
nas dificuldades
Oswald Chambers
Sei que Deus não me dará nada com o que
eu não possa lidar. Só desejo que ele não me confie coisas demais.
Madre tereza
Quando
assistimos aos programas sobre alpinistas pensamos muito na coragem daqueles
atletas obstinados. O monte Everest com mais de 8.800 metros de altura e
chegando a uma temperatura de -40ºC nos informa sobre sua real dificuldade de
chegar no topo. Vê esse noticiário sentado comendo pipoca já nos deixa
exaustos, como se estivéssemos lá com eles, arriscando a própria vida. histórias
contam que alpinistas deixados para trás por suas equipes morreram. O que faz a
diferença é que o trabalho em equipe evita a morte.
Esse
tipo de trabalho é raro nos dias de hoje. Cada um tem compromissos e motivações
próprias que impedem a comunicação clara e uma aproximação a outras pessoas.
Se tivéssemos
nossos dias contados para deixar esta terra, procuraríamos meios de construir
pontes, de promover curas e desfrutar nossos relacionamentos mais importantes. Ninguém
deseja partir deixando assuntos pendentes para trás. Queremos deixar nossos
entes queridos somente depois de atingir o auge dos nossos relacionamentos, o
que só é possível se tivermos coragem para amar.
Vale a pena refletir
Qual
seu nível de satisfação em seus relacionamentos mais importantes neste exato
momento? Como você descreveria cada um deles? O que o impede de caminhar e
chegar ao ponto onde deseja estar em cada um desses relacionamentos/
Cordilheira relacional
Existem
três montanhas que costumam impedir a unidade dos relacionamentos. A primeira é
a montanha da INCOMPREENSÃO. A maioria dos relacionamentos não têm forças para
subir além dela. Conceitos errados cumulam-se rapidamente e chegam a alturas
enormes. Somos humanos, portanto, os
problemas de comunicação e de interpretação são inevitáveis.
Outra
montanha que devemos escalar nos relacionamentos é a atitude “EU PRIMEIRO”. É típico
da natureza humana dizer: “vou satisfazer suas necessidades depois que você satisfizer
as minhas”. É claro que essa atitude cria um conflito comum e constante. Precisamos
aprender a contemporizar e descobrir soluções criativas que satisfaçam as
necessidades de ambas as partes.
A terceira
e última montanha dessa cordilheira rochosa é a mais mortal: A MONTANHA DOS
ERROS. Assim como temos incompreensões e o desejo de nos colocar em primeiro
lugar, temos falhas e fazemos coisas erradas. Muitos relacionamentos são abandonados
para sempre na montanha dos erros.
Para
realmente amarmos as pessoas que fazem parte de nossa vida, precisamos superar
esses picos relacionais, aprender a superar os erros e olhar além de nossos próprios
interesses. Precisamos desenvolver a disposição e a habilidade de nos
entregarmos àqueles a quem amamos, motivando-os a permanecer na trilha conosco
e fortalecendo-os para que perseverem mesmo quando não estivermos mais com
elas.
Vale a pena refletir
Qual
dessas três montanhas levou você a sair recentemente da trilha em seus
principais relacionamentos? Como você lidou com a situação? O que mudaria se
tivesse outra chance?
A corda da aceitação
A Bíblia
revela estratégias para tornar as montanhas relacionais pequenas e transponíveis.
Para perseverar e melhorar nossos relacionamentos, devemos primeiro nos prender
à corda da aceitação. “Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que
Cristo os aceitou, a fim de que glorifiquem a Deus” (Rm 15.7).
Um dos
nossos maiores problemas nos relacionamentos é que sempre tentamos mudar
aqueles com quem nos relacionamos. Aceitar
as pessoas significa parar de tentar mudá-las e começar a entendê-las.
Precisamos
confiar em Deus. À medida que Ele nos dá poder para aceitar uns aos outros,
aprendemos a verdadeiramente nos prender à corda da aceitação e subir juntos
para locais mais elevados.
Tração com ação
Com a
aceitação ganhamos tração por meio de ações amorosas. Nada é mais importante
para os alpinistas do que a tração das botas. Não adianta nada ter todos os
equipamentos se você não estiver com o calçado correto.
O ingrediente básico para relacionamentos
fortes são as pequenas ações amorosas, todas aparentemente sem importância,
mais que significam muito para a outra pessoa. Se você
for incoerente, dizendo às pessoas quanto elas são importantes mas sem
demonstrá-lo por ações amorosas, os relacionamentos vão oscilar.
Todo
alpinista sabe também a importância de estar amarrado à rocha para evitar uma
queda. É um ponto de conexão seguro que dá proteção. Em nossos relacionamentos,
esse ponto de segurança é o perdão. Os melhores relacionamentos são construídos
sobre o perdão porque envolve pessoas imperfeitas que cometem erros.
Obstáculos
– incompreensões, egoísmo, erros – fazem parte de todo relacionamento, mas
podemos superá-los e estar cada vez mais próximos daqueles a quem amamos se
estivermos dispostos a praticar a
aceitação, as ações amorosas e o perdão contínuo.
Para a vida toda
1. Faça
um diagnóstico e anote o que você acha que cada relacionamento importante de
sua vida precisa ter para ser mais saudável.
2. Como
você expressa seu compromisso com aqueles a quem ama? Sua tendência é dizer
mais do mostrar ou mostrar mais do que dizer?
Até
amanhã com a graça de Deus!
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