quarta-feira, 12 de outubro de 2011


Amar completamente

Dia 11

Evereste

Escalando os obstáculos para chegar à unidade

Precisamos orar com os olhos em Deus, não nas dificuldades
Oswald Chambers

Sei que Deus não me dará nada com o que eu não possa lidar. Só desejo que ele não me confie coisas demais.
Madre tereza

Quando assistimos aos programas sobre alpinistas pensamos muito na coragem daqueles atletas obstinados. O monte Everest com mais de 8.800 metros de altura e chegando a uma temperatura de -40ºC nos informa sobre sua real dificuldade de chegar no topo. Vê esse noticiário sentado comendo pipoca já nos deixa exaustos, como se estivéssemos lá com eles, arriscando a própria vida. histórias contam que alpinistas deixados para trás por suas equipes morreram. O que faz a diferença é que o trabalho em equipe evita a morte.
Esse tipo de trabalho é raro nos dias de hoje. Cada um tem compromissos e motivações próprias que impedem a comunicação clara e uma aproximação a outras pessoas.
Se tivéssemos nossos dias contados para deixar esta terra, procuraríamos meios de construir pontes, de promover curas e desfrutar nossos relacionamentos mais importantes. Ninguém deseja partir deixando assuntos pendentes para trás. Queremos deixar nossos entes queridos somente depois de atingir o auge dos nossos relacionamentos, o que só é possível se tivermos coragem para amar.

Vale a pena refletir
Qual seu nível de satisfação em seus relacionamentos mais importantes neste exato momento? Como você descreveria cada um deles? O que o impede de caminhar e chegar ao ponto onde deseja estar em cada um desses relacionamentos/

Cordilheira relacional
Existem três montanhas que costumam impedir a unidade dos relacionamentos. A primeira é a montanha da INCOMPREENSÃO. A maioria dos relacionamentos não têm forças para subir além dela. Conceitos errados cumulam-se rapidamente e chegam a alturas enormes. Somos humanos, portanto, os problemas de comunicação e de interpretação são inevitáveis.
Outra montanha que devemos escalar nos relacionamentos é a atitude “EU PRIMEIRO”. É típico da natureza humana dizer: “vou satisfazer suas necessidades depois que você satisfizer as minhas”. É claro que essa atitude cria um conflito comum e constante. Precisamos aprender a contemporizar e descobrir soluções criativas que satisfaçam as necessidades de ambas as partes.
A terceira e última montanha dessa cordilheira rochosa é a mais mortal: A MONTANHA DOS ERROS. Assim como temos incompreensões e o desejo de nos colocar em primeiro lugar, temos falhas e fazemos coisas erradas. Muitos relacionamentos são abandonados para sempre na montanha dos erros.
Para realmente amarmos as pessoas que fazem parte de nossa vida, precisamos superar esses picos relacionais, aprender a superar os erros e olhar além de nossos próprios interesses. Precisamos desenvolver a disposição e a habilidade de nos entregarmos àqueles a quem amamos, motivando-os a permanecer na trilha conosco e fortalecendo-os para que perseverem mesmo quando não estivermos mais com elas.

Vale a pena refletir
Qual dessas três montanhas levou você a sair recentemente da trilha em seus principais relacionamentos? Como você lidou com a situação? O que mudaria se tivesse outra chance?

A corda da aceitação
A Bíblia revela estratégias para tornar as montanhas relacionais pequenas e transponíveis. Para perseverar e melhorar nossos relacionamentos, devemos primeiro nos prender à corda da aceitação. “Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que glorifiquem a Deus” (Rm 15.7). 
Um dos nossos maiores problemas nos relacionamentos é que sempre tentamos mudar aqueles com quem nos relacionamos. Aceitar as pessoas significa parar de tentar mudá-las e começar a entendê-las.
Precisamos confiar em Deus. À medida que Ele nos dá poder para aceitar uns aos outros, aprendemos a verdadeiramente nos prender à corda da aceitação e subir juntos para locais mais elevados.

Tração com ação
Com a aceitação ganhamos tração por meio de ações amorosas. Nada é mais importante para os alpinistas do que a tração das botas. Não adianta nada ter todos os equipamentos se você não estiver com o calçado correto.
O ingrediente básico para relacionamentos fortes são as pequenas ações amorosas, todas aparentemente sem importância, mais que significam muito para a outra pessoa. Se você for incoerente, dizendo às pessoas quanto elas são importantes mas sem demonstrá-lo por ações amorosas, os relacionamentos vão oscilar.
Todo alpinista sabe também a importância de estar amarrado à rocha para evitar uma queda. É um ponto de conexão seguro que dá proteção. Em nossos relacionamentos, esse ponto de segurança é o perdão. Os melhores relacionamentos são construídos sobre o perdão porque envolve pessoas imperfeitas que cometem erros.
Obstáculos – incompreensões, egoísmo, erros – fazem parte de todo relacionamento, mas podemos superá-los e estar cada vez mais próximos daqueles a quem amamos se estivermos dispostos a praticar a aceitação, as ações amorosas e o perdão contínuo.

Para a vida toda
1.    Faça um diagnóstico e anote o que você acha que cada relacionamento importante de sua vida precisa ter para ser mais saudável.
2.    Como você expressa seu compromisso com aqueles a quem ama? Sua tendência é dizer mais do mostrar ou mostrar mais do que dizer?

Até amanhã com a graça de Deus!





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